Portaria 29/2013, publicada pela Secretaria de Saúde da capital, determina o diagnóstico dos serviços de urgência e emergência de BH, Hoje em Dia. 5/7/13.
A faixa na entrada da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do bairro 1º de Maio, na região Norte de Belo Horizonte, expressa a opinião do sindicato dos servidores municipais: “Prefeitura abandona o serviço de saúde de BH”.
Prevista para ser concluída na semana que vem, a análise é feita pela Vigilância Sanitária Municipal. São avaliados a qualidade dos equipamentos e dos materiais hospitalares, se a área física é adequada, se há mobiliário suficiente e os recursos humanos disponíveis, entre outros itens.
Padrão Fifa
Segundo Mara Machado Corradi, gerente da Vigilância Sanitária, a necessidade de os hospitais da capital oferecerem atendimento “padrão Fifa” se deve ao risco de “catástrofes e desastres” durante a Copa.
A presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Belo Horizonte (Sindibel), Célia Lélis, teme uma “maquiagem” na saúde para o evento da Fifa, em julho do ano que vem. “Todas as carências que estão sendo analisadas são reivindicações antigas nossas. Quem mais precisa de atendimento de qualidade são os moradores de BH, e não os turistas”.
Para o doutor em gestão pública de saúde Cornelis Van Stralen, professor das faculdades de Medicina e de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich) da UFMG, vincular melhorias na saúde à Copa é um erro. “Uma coisa é melhorar o transporte que atende o Mineirão durante o evento. Em se tratando de saúde, esses investimentos deveriam ser permanentes”.